Eu sei, a distância apaga tudo
O cheiro da pele
O gosto do beijo
Cada segundo congelado
E as letras do meu nome
no seu corpo desenhado
Mas é mentira se eu disser
que não te quero, que não te vejo
Nas ruas vazias, casas, muros e
esquinas
Nos versos que eu escrevo
no outro lado das linhas
Escorrem palavras
Que eu pinto com os dedos
Sem rumo, sem tempo, sem chão,
nas horas a mais
Com chuva e saliva,
traço o futuro na palma da sua mão
E guardo o desejo
naquela gaveta
Onde deixo meus olhos
E a vida está pronta
E os nós me embaraçam
E te amo maluca
Te mando sinal, ponho anúncio no jornal,
pra você que me enrola e encanta:
Escreve todas as linhas
e coloca o ponto que não é final
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