24 de junho de 2008

Bolas

Empresto as palavras de Clarah Averbuck pra expressar o que valorizo em um homem. Como seria melhor nosso planeta se todos os homens tivessem culhão!!

”Culhão. Homem tem que ter culhão. Não aquela macheza de lutador de vale-tudo, nada disso. Isso aí de força física, qualquer mané tem, aliás, força física é coisa de mané. Eu estou falando de culhão, bolas. Culhão de gostar de mulher forte e não fugir, dizendo que prefere uma mulherzinha. De assumir um compromisso e não ficar se refugiando nos braços de umas putinhas de carne firme e bunda empinada quando a coisa apertar, só para se sentir macho. Culhão de botar filho no mundo e cuidar, e agüentar a mulher histérica na gravidez, e agüentar ver o parto sem desmaiar. E ainda ter tesão depois. Culhão de admitir quando está errado. De bater o pé quando está certo. De encarar a vida e não se acomodar pra deixar o sangue esfriar. De chorar quando sentir vontade, porque chorar é coisa pra macho. De se emocionar com algo mais que futebol. De mandar tudo às favas às vezes e se mandar pra se encontrar. Culhão de ir embora quando as coisas são irreparáveis em vez de sentar a bunda no sofá e esperar uma intervenção divina. De tentar consertar tudo quando vale a pena. Culhão de viver as coisas mesmo sabendo que pode se dar mal no fim. Mesmo tendo certeza de que vai se dar mal no fim. A vida não tem anestesia e anda de mãos dadas com a dor. De não rir de piadas sem graça pra agradar. De assumir o que gosta e o que não gosta mesmo que vire motivo de chacota. De ser absolutamente devotado a algo, música ou mulher, sem ter pudores ou se importar com o resto do mundo. Culhão de ir atrás dos sonhos por mais bestas e utópicos que pareçam. E conseguir realizá-los e calar a boca de todo mundo. De se vestir como bem entender. De tomar uns porres e dar uns vexames e fazer de novo depois. De pedir colinho quando precisar em vez de ficar se fazendo de fortão. De resistir às tentações da carne, porque a carne é fraca, mas a cabeça não pode ser. De se jogar quando o abismo chama. Culhão de trocar o certo pelo duvidoso sem pestanejar quando tem que ser feito, porque tem que ser feito. De não fingir. De falar em vez de ficar se esquivando. De não sumir e encarar as coisas quando devem ser encaradas. Acho que é isso. Culhão. Você tem culhão? Espero que você tenha. Ou que o seu homem tenha. Ou aprenda a ter. Se bem que isso não se aprende, é inerente. Ou você tem, ou você não tem. Espero que você tenha.”

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