Em Dourados, MS, índios das etnias Terena, Guarani Nhandeva e Kaiowá foram confinados em reserva. Como é pequena para mais de 12 mil índios e não tem terras suficientes para o plantio, muitas famílias passam fome, e por viverem miseravelmente mendigam nas ruas. Saem principalmente aos domingos, em carroças ou a pé. Batem às portas, pedem roupas e alimentos. E quase sempre ouvem não.
A reserva foi criada na década de 1940 porque a sociedade branca precisava colonizar, ocupar os “espaços vazios“, produzir, “usar“ a terra, desmatar para criar gado e exportar soja, acumular propriedades.
Diferentemente, para o índio a terra não deve ser possuída. Ela é parte de seu ser. Ele é o que é a partir de sua relação com a terra. Sua cultura e seu território são indissociáveis, pois o “espaço vivido”, ou tekoha na língua guarani, está intimamente ligado à identidade de seu povo.
O tekoha é o espaço social no qual se realiza seu modo de ser, ñande reko, que é fundamentalmente religioso. Por isso, a terra é sagrada, não é algo que se possui nos termos do capitalismo, em extensões mensuráveis e fronteiras. Enquanto humanidade, os índios se reconhecem parte dessa terra e expressão daquilo que chamam natureza.
Por isso, é importante não somente a demarcação física e jurídica das terras que no passado pertenceram aos povos indígenas, mas também a proteção de suas qualidades ambientais e das relações sociais. Pois o problema territorial atinge toda sua organização sócio-cultural.
Se uma etnia perde seu território, perde também as possibilidades de sobrevivência do grupo, pois o território é o lugar simbólico de sua convivência. Se não tem terra, o índio não tem identidade, não tem lugar e não tem dignidade.
A reserva foi criada na década de 1940 porque a sociedade branca precisava colonizar, ocupar os “espaços vazios“, produzir, “usar“ a terra, desmatar para criar gado e exportar soja, acumular propriedades.
Diferentemente, para o índio a terra não deve ser possuída. Ela é parte de seu ser. Ele é o que é a partir de sua relação com a terra. Sua cultura e seu território são indissociáveis, pois o “espaço vivido”, ou tekoha na língua guarani, está intimamente ligado à identidade de seu povo.
O tekoha é o espaço social no qual se realiza seu modo de ser, ñande reko, que é fundamentalmente religioso. Por isso, a terra é sagrada, não é algo que se possui nos termos do capitalismo, em extensões mensuráveis e fronteiras. Enquanto humanidade, os índios se reconhecem parte dessa terra e expressão daquilo que chamam natureza.
Por isso, é importante não somente a demarcação física e jurídica das terras que no passado pertenceram aos povos indígenas, mas também a proteção de suas qualidades ambientais e das relações sociais. Pois o problema territorial atinge toda sua organização sócio-cultural.
Se uma etnia perde seu território, perde também as possibilidades de sobrevivência do grupo, pois o território é o lugar simbólico de sua convivência. Se não tem terra, o índio não tem identidade, não tem lugar e não tem dignidade.
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